"Dos muitos grupos nacionais, o destaque dos festivais ficou por conta da PIVETE Cia. de Arte, de Curitiba. Seu espetáculo CWB Número Zero apresentou um enredo polêmico, recheado de violência urbana, drogas, a loucura dos excluídos e uma crítica à superficialidade do high society. Utilizando a manipulação oculta, com a milenar técnica japonesa do bunrako, o diretor Beto Lanza, também responsável pelo projeto Piá, de iniciação teatral para crianças carentes, nunca havia trabalhado com bonecos. "Gravei todos os movimentos em vídeo e, a partir de um story board, criei o espetáculo", conta Beto. O resultado é surpreeendente. No palco, uma cidade cenográfica reproduz os pontos mais característicos de Curitiba. As fachadas removíveis permitem a criação de diversos ambientes, abrangendo os dois lados da cidade: luxo e lixo. A trilha musical jazzística fecha a cena. O resto é silêncio."

Eduardo Graça e Lucia Cerrone

Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 24 de maio de 1998.

"De 16 a 19 de julho, será a vez do grupo curitibano PIVETE Cia de Arte mostrar que, com teatro de bonecos, também é possível montar um espetáculo para adultos. Em CWB Número Zero, o grupo apresenta um espetáculo de forte apelo social que narra a trajetória de jovens desajustados a partir de um roubo mal sucedido a uma loja de conveniência. O título da peça é exatamente o endereço desses jovens, que vivem em um prédio abandonado onde se refugiam de suas confusões."

César Macedo.

"Com o grupo Pivete Cia. de Arte (Curitiba). Direção de Beto Lanza e Alfredo Gomes. O espetáculo apresenta a trajetória de um grupo de jovens desajustados a partir de um roubo mal sucedido a uma loja de conveniência. A PIVETE é formada por atores, atrizes, artistas plásticos, músicos, diretores e educadores, que com esse tema discute a condição dos adolescentes que vivem nas ruas dos grandes centros."

Jornal da Pampulha, Belo Horizonte, 24 de julho de 1998.